Ensaio Piloto e Barreira Reativa – Redução Química In Situ (ISCR) de Organoclorados em Águas Subterrâneas.
A SGW Services foi contratada por uma Indústria de autopeças localizada na Grande São Paulo que apresentava contaminação por solventes clorados em água subterrânea com altas concentrações. A pluma de contaminação apresentava dimensões aproximadas de 150 metros de extensão x 80 metros de largura e 25 metros de profundidade. A área objeto do ensaio piloto apresentava contaminação por Tetracloroeteno (31.360 µg/L), Tricloroeteno (11.769 µg/L), Cis-1,2-Dicloroetano (138.281 µg/L) e Cloreto de Vinila (5.620 µg/L).
O litologia local é composta basicamente por alternância de lentes de argila e areia. A profundidade do nível d’água local varia entre 1 e 2 metros. As condições físico-químicas do site mostravam-se relativamente oxidantes, com OD variando entre 2,69 a 3,08 mg/L e ORP entre 86 e 243 mV. A avaliação de risco feita no local indicou uma risco de inalação de vapores no interior para receptores industriais e residenciais, principalmente por causa de concentrações de cloreto de vinila.
Foi realizado um ensaio piloto em fevereiro de 2010, ond a SGW Services utilizou a tecnologia de Redução Química In-Situ (ISCR) via injeção do agente remediador por Direct Push. O composto libera de forma controla carbono orgânico e ferro zero valente, que promovem condições redutoras extremas visando à degradação dos solventes clorados. O composto foi injetado por meio de 8 poços de injeção, onde foram aplicados cerca de 2.500 kg de produto.
Após a realização do ensaio piloto, monitoramentos subsequentes mensais mostraram decaimento considerável desde o primeiro monitoramento, sendo que em apenas 4 meses após o piloto as concentrações dos compostos de interesse estavam abaixo do limite de quantificação do laboratório, ou seja, eficiência de redução superior a 99,9%. Não foi observada o acumulo de subprodutos resultantes do processo de decloração redutiva, comprovando a destruição completa via Rredução Química ISCR.
Também neste período realizou-se como ação de controle da pluma, visando impedir a migração da contaminação a leste onde se encontra um condomínio residencial, uma barreira reativa, como forma de proteger os receptores. Foram realizados 23 pontos de injeção, com espaçamento de 5 metros, onde foram aplicados 5.341 kg de produto remediador. Foram monitorados poços de monitoramento dentro da fábrica, na divisa com ocondomínio e dentro do condomínio, onde verificou-se a efetiva redução nas concentrações dos contaminantes alvos após a injeção.
A partir dos resultados obtidos, em Janeiro de 2012 o iniciou-se da injeção em larga escala com o objetivo de reduzir as concentrações a níveis abaixo da CMAs.
Links relacionados:
Encerramento de Caso - Redução Química In Situ (ISCR) de Organoclorados em Condomínio Residencial.
Estudo de Caso - Remediação de Organoclorados por Barreiras Permeáveis Reativas.
