Ensaio de Bancada – Estabilização de Arsênio em Águas Subterrâneas via Redução Química In Situ (ISCR).

Em uma indústria Química localizada na região do ABC paulista, trabalhos de investigação confirmaram a presença de contaminação por Arsênio na água subterrânea, acima dos valores de intervenção da CETESB (10µg/L). A metodologia de remediação proposta foi a imobilização e estabilização do Arsênio na forma de sulfetos, utilizando uma mistura remediadora que possui em sua formulação carbono orgânico, ferro zero-valente, sulfato e outros aditivos designados para o tratamento de metais dissolvidos. Na presença de uma fonte de sulfeto, o principal mecanismo de sequestro do Arsênio em uma zona enriquecida com o produto injetado, formam-se sulfetos de Arsênio, como As2S3 e AsS.

Para isto foi realizado um ensaio de bancada para aferição da técnica proposta, em conjunto com dois laboratórios, um subcontratado e o outro o laboratório da própria empresa .

Para este ensaio foram preparados microcosmos com água subterrânea coletada pelo método de baixa vazão em poços na área contaminada, solo da zona saturada através de sondagens e o produto imobilizador nas porcentagens 2 e 5%. O ensaio foi avaliado durante o período de 63 dias com a preparação de diferentes microcosmos, dos quais no tempo zero foi analisada a concentração de Arsênio das amostras e coletas subsequentes dos microcosmos em 21, 42 e 63 dias de ensaio. Os resultados demonstraram que em 42 dias de ensaio, em ambos os laboratórios, nos microcosmos com água subterrânea, solo da zona saturada e EHC-M em ambas as porcentagens 2 e 5%, não houve detecção quantificável de concentrações de Arsênio.

Os resultados demonstraram que o produto conseguiu imobilizar o contaminante na forma de sulfeto, demonstrando a eficácia da metodologia empregada para o ensaio.

Links relacionados:

Encerramento de Caso - Redução Química In Situ (ISCR) de Organoclorados em Condomínio Residencial.

Estudo de Caso - Remediação de Organoclorados por Barreiras Permeáveis Reativas.