Estudo de caso – Remediação de área contaminada por organoclorados (PCE) e metais pesados (Chumbo).

Remediação com tecnologia exclusiva da SGW permitiu atingir as metas no prazo de 3 meses.

As águas subterrâneas de uma planta industrial localizada no Rio de Janeiro estão impactadas por Chumbo (Pb) com concentração máxima de 242 µg/L e por Tetracloroeteno (PCE) com concentração máxima de 221 µg/L. O objetivo desse estudo é o de imobilizar in situ o Chumbo para limitar a migração da pluma nas águas subterrâneas e reduzir quimicamente o PCE.

Para tanto, foi utilzada uma tecnologia exclusiva da SGW que consiste na combinação de um minucioso estudo hidrogeológico do local e a técnica de injeção de um produto remediador formulado especialmente para este fim, levando em consideração as condições fisico-químicas do subsolo e os contaminantes presentes. A injeção do produto diretamente no subsolo foi realizada usando equipamentos especialmente adaptados pela SGW para atingir camadas específicas do subsolo onde as concentrações são maiores e permitir a melhor eficácia possível da remediação.

Após a injeção pretendia-se reduzir as concentrações dissolvidas de Chumbo para valores abaixo de 10 µg/L e dos Etenos para 40µg/L de Tetracoloroeteno (PCE), 70µg/L de Tricloroeteno (TCE) e 5µg/L de Cloreto de Vinila (CV).

A aplicação em larga escala ocorreu no periodo entre outubro a novembro de 2014. Um total de 10.000 kg de produto remediador foi injetado em 45 pontos de injeção espaçados entre 3 e 4 m de distância, para atingir a área das plumas de Chumbo e de Etenos Clorados, medindo, respectivamente, aproximadamente 90 e 530 m2. A profundidade de injeção do produto variou de 1,5 e 12,0 m. Isto resultou numa taxa de aplicação de cerca de 35% produto remediador pela massa de solo. As águas subterrâneas são levemente ácidas na área do PCE, com  pH próximo a 6,7, e ácidas na área do Pb, com pH de 3,61. A solubilidade aquosa de Chumbo depende do valor do pH e, em geral, é baixa quando o pH é neutro ou alcalino. Por conta dessa característica, a solução remediadora recebeu formulação especial para ajustar o pH próximo a neutro na área impactada por Chumbo. Para a área do PCE não foi necessário o ajuste do pH.

Redução das plumas de chumbo e PCE
Plumas de contaminação mostram a ausência de Chumbo e a drástica redução da distribuição de PCE na água subterrânea tres meses após as medidas de remediação.

Resultados

Em fevereiro de 2015 ocorreu a primeira campanha de monitoramento pós injeção. Os resultados obtidos neste monitoramento mostraram um bom desempenho da redução química. O ORP foi reduzido a partir de uma linha de base de 250 mV para – 65 mV no PM-10 (hot spot de Chumbo) e de 189 mV para -4 mV no PM-04 (hot spot dos Etenos Clorados), três meses após a injeção, confirmando a criação de condições redutoras dentro da zona alvo.

Grafico da redução de Chumbo e PCE

A fase dissolvida de Chumbo foi reduzida de 260 µg/Lpara abaixo do limite de detecção de 1 µg/L no ponto de maior concentração, PM-10. No caso dos Etenos Clorados, houve redução em todos os pontos que apresentaram concentrações detectáveis de PCE e de CV antes da injeção do produto remediador. No centro de massa (PM-04) houve redução de 221 µg/L para 20 µg/L de PCE e de 3,8 µg/L para 1,3 µg/L de CV.


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