Tratamento de Pluma de Organoclorados em Água Subterrânea com o uso de ISCR (In Situ Chemical Reduction) através de Barreiras Permeáveis Reativas
Por Eduardo Pujol, Sidney Aluani e Fabiola Tomiatti – SGW Services, Brasil
A água subterrânea de uma indústria em atividade no Estado de São Paulo encontrava-se impactada por solventes clorados. Existiam duas plumas distintas, a primeira com aproximadamente 50 metros de extensão x 50 metros de largura e 4 metros de espessura (entre os 14 e 18 metros) e concentrações de 7.926 µg/L total de CVOC,s e a segunda com 180 metros de extensão x 100 metros de largura e 5 metros de espessura (18 e 23 metros) e concentrações de 1.099 µg/L total de CVOCs.
A primeira pluma estava localizada em área de difícil acesso, à beira de um talude com densa vegetação. O solo local é composto basicamente de silte e a velocidade linear da água subterrânea de 18 metros/ano. A profundidade do nível d'água do site varia entre 10 e 20 metros. As condições físico-químicas do site mostravam-se relativamente oxidantes, com OD variando entre 1,2 a 5,1 mg/L, ORP entre 100 e 130 mV, e pH ligeiramente ácido entre 4,6 e 6,7.
Considerando a extensão da pluma, acesso restrito às áreas e as baixas concentrações, foi selecionada, dentre as opções possíveis, a técnica de Barreiras Reativas Permeáveis (PRB's), como objetivo de seccionar as plumas. Foi utilizada a tecnologia de Redução Química In-Situ (ISCR) via injeção de um agente remediador no meio impactado. Este agente é um composto que libera de forma controlada carbono orgânico e ferro zero valente, criando condições redutoras extremas, ideiais para promover a degradação dos compostos CVOCs. A injeção foi feita por direct push em dezembro de 2009. As Fotos 1 e 2 a seguir mostram a preparação do EHC e injeção com o equipamento de cravação.
Monitoramentos subsequentes foram conduzidos em janeiro, fevereiro, março e abril de 2010, mostrando redução superior a 99,8% para os compostos CVOCs na área de influência da injeção. As concentrações presentes na pluma da Área 1 reduziram significativamente em apenas 120 dias (de 7.926 µg/L para 12 µg/L), conforme observado no Gráfico 1.
Na pluma da Área 2 houve redução superior a 99,8% em menos de 120 dias (de 680 µg/L para inferior ao limite de detecção do laboratório).
O projeto estabelece a continuidade do monitoramento dos poços pelo período de 2 anos visando acompanhar o decaimento das concentrações.
Links relacionados:
Encerramento de Caso - Redução Química In Situ (ISCR) de Organoclorados em Condomínio Residencial.